A corrida de rua acaba sendo um dos esportes mais democráticos ao lado do futebol. Talvez seja até mais democrática do que a paixão nacional. Não é preciso ser alto, forte ou ter uma qualidade específica para praticar esse esporte. Além do mais o atleta não tem que fazer uma maratona para se considerar um corredor. Existe diversas medidas durante as provas, sendo elas desde curtos 5 km até 84 km de um UltraMan. E se isso não fosse o bastante o atleta pode escolher a distância que lhe convir durante os treinos.
Além disso correr é um esporte barato. Tudo que é preciso é sua força de vontade e um calçado adequado. Esse último anda até sendo questionado e muitos especialistas andam defendendo a corrida com os pés descalços.
Se tudo isso ainda não fosse o bastante para facilitar a prática da corrida, o esporte ainda dá outros estímulos, como o fato de ser individual. Não é preciso chamar um grupo de amigos para praticar junto com você. Grandes corredores que competiram comigo preferiam muito mais praticar o esporte individualmente do que com um companheiro.
É graças a todos os fatores citados a cima que atribuo o crescimento da corrida de rua no Brasil e principalmente nas cidades grandes desse país maiúsculo. Não é segredo para ninguém que o cidadão trabalha muito e a cada dia que passa seu tempo para lazer diminui. A corrida de rua traz para aquele que não tem tempo, quer lazer, e por um custo baixíssimo o prazer da endorfina. Os grandes organizadores e as empresas esportivas já perceberam isso e estão se aproveitando do crescimento exponencial do esporte. É só ver o tamanho que a lendária corrida de São Silvestre tomou.
E a tendência é que o crescimento continue e a corrida de rua cada vez mais ganhe espaço em território nacional. Futura paixão nacional? Talvez. Só sabemos que por enquanto o esporte tem seu espaço no coração do brasileiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário